Os cientistas não
têm como testar qual das respostas que a Teoria das Cordas e a Teoria-M dão é a
"correta". Na verdade, todas elas podem estar corretas e talvez
vivamos em um Universo entre um número infinito de universos - Imagem: quintic/Wikipedia.
Como já comentado
no post “Star trek Quântica”, talvez o universo fosse formado por uma
série de universos finito-infinitos, esta ideia surgiu quando estudava
intervalos numéricos de funções, uma vez que a matemática representa tão bem o
mundo físico porque não teorizar o inverso, ou seja, os padrões de nosso mundo
são matemáticos por isso me fiz as seguintes perguntas:
- Quantos números
Reais existem no intervalo entre 1 e 2?
R= infinitos.
E entre 1 e 1,0000001?
R= infinitos.
Qual o numero real positivo subsequente ao numero 1?
R= não sabemos.
Temos aqui um
típico caso do conjunto de Cantor ou de quantos lados tem uma figura fractal ou
nem um dos dois? Não resta dúvida que no universo deve existir várias
dimensões, temos o universo das partículas atômicas, dos microorganismos, o
visível aos nossos olhos e finalmente o extremamente grande, cada um com sua
particularidade, sendo regidas por um princípio Físico/Químico/Matemático
único.
A teoria de haver
vários universos é uma proposta interessante, acho que a natureza segue o
modelo fractal e que ocorre um entrelaçamento de universos sendo assim, o
universo dimensão 1 esta entrelaçado com o universo 1,01.... E assim por
diante, não temos ideia de onde isso vai dar. O nosso pode ser apenas uma
pequena parte de um universo muito maior. Físicos teóricos, baseados em física
quântica e em outros princípios como a teoria das cordas, também acham que há
vários universos, formando um todo chamado de multiverso. Uma situação que
torna a teoria dos multiversos mais provável é a quantidade de energia escura existente
no nosso universo, nenhuma teoria consegue explicar esse fenômeno. Porém, se considerarmos
a teoria do multiverso tal quantidade de energia se torna explicável e inevitável.
O problema com a
teoria do multiverso é que não tem como prová-la pelo simples fato de estarmos em
um universo completamente separado de outros. Afinal segundo palavras do Físico
Albert Einstein, "O conhecimento
é limitado. Imaginação preenche o mundo”. Então teríamos que usar esta ferramenta
“imaginação” na tentativa de desvendar o funcionamento do multiverso? Pode parecer loucura, mas a cosmologia moderna propõe que o fluxo escuro
juntamente com a matéria escura e energia escura, seriam evidência de que o
nosso é apenas um universo contido em um multiverso. Existem inclusive
propostas para encontrar outras dimensões do espaço. Esta teoria sustenta que o
universo visível é uma membrana incorporada em um gigantesco universo, de forma
muito parecida com uma alga-marinha flutuando sobre o oceano. Esse
"mundobrana" ou "universobrana" tem cinco dimensões, quatro
dimensão espacial mais o tempo, comparado com as quatro dimensões três
espaciais mais o tempo, na Teoria da Relatividade Geral de Einsten. Um modelo matemático apresentado prevê
certos efeitos cosmológicos que, se observados, ajudarão os cientistas a
validar ou rejeitar a teoria do mundobrana. Segundo eles, as observações
poderão ser possíveis com a utilização de um telescópio espacial com lançamento
previsto para os próximos anos. Sim o Espectrômetro Magnético Alfa (AMS-02)
é um detector de partículas concebido para funcionar como um módulo externo na Estação
Espacial Internacional. Ele usará o ambiente único de espaço para estudar
o universo e sua origem através da procura da matéria, antimatéria, energia
escura e medições precisas do fluxo e composição dos raios cósmicos. As
observações AMS-02 ajudarão a responder a perguntas fundamentais, tais como "O que faz a massa invisível do
universo?" ou "O que aconteceu à antimatéria primordial?". O MAS-02 Com 7 toneladas utilizando um imã 3 mil vezes mais forte que o campo
magnético terrestre para capturar raios cósmicos e direcioná-los para um
conjunto de detectores para analisa-los. O objetivo é identificar
partículas exóticas, antimatéria e energia escura.
Os
dois principais mistérios a ser estudado serão:
-
A antimatéria e sua estranhamente assimétrica do nosso universo, aparentemente composto
de matéria, sendo que segundo todos os modelos teóricos deveria haver equilíbrio
entre matéria e antimatéria.
-
Os modelos matemáticos de movimentação e formação de estruturas como galáxias
não correspondem aos valores observados. Como a Gravidade existe e está
devidamente equacionada, a explicação mais lógica é que há mais massa e energia
envolvidas do que se consegue detectar.
Na
prática o universo só é concebível se existir 80% a mais de matéria. A
explicação seria a Matéria Escura, ou talvez somente uma energia escura.
O
Professor Burt Ovrut, da Universidade da Pennsylvania espera usar o AMS-02 para
provar também a Teoria M de Multiversos, onde existiram diversos universos paralelos
chamados Branas, separados entre si por algo entre 10 e 32 metros de distância,
e cuja única interação seja feita via gravidade. Logo a energia escura não
existiria, seria um fenômeno de outro universo influenciando o nosso. Na
realidade se a teoria das cordas não puder ser observada, comprovada ou
falseada não poderá ser considerada uma teoria científica, por isso a
importância do experimento MAS-02.
Por hora só nos resta seguir a orientação de Einstein e a
humildade de Popper, com estas duas premissas acho que chegaremos onde nunca
estivemos, ultrapassando essa realidade de quatro dimensões, descobrindo algo
ainda mais grandioso do que imaginávamos nessa jornada pelo conhecimento.
"A imaginação
é mais importante do que conhecimento." – Albert Einstein.
"Nunca na História da Ciência estávamos tão consciente da nossa ignorância." - R. Battiston (AMS-02)
Fontes:
A implausível eficácia da Matemática nas Ciências Naturais - EUGENE
F. WIGNER (Princeton University).
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