Imagem do Telescópio Espacial do Instituto de Ciência mostra fotos da galáxia antes (esq.) e depois da explosão da Supernova (PA)
A explosão de uma
estrela supernova em uma galáxia a 21 milhões de anos-luz deu a cientistas um
raro vislumbre de como a explosão de estrelas pode gerar vida no universo.
Astrônomos capturaram
as imagens da explosão da supernova SN2011fe, na galáxia Cata-vento na
constelação de Ursa Maior, apenas 11 horas depois do evento.
Três telescópios
poderosos localizados na Terra e o telescópio espacial da Nasa, o Swift, foram
usados para estudar a explosão e os resultados da observação mostraram com
detalhes nunca vistos antes como elementos mais pesados - como oxigênio e ferro
- foram atirados para fora da bola de fogo em expansão resultante da explosão.
Com o tempo estes
elementos vão se transformar nos blocos de construção de novos sistemas solares
e, possivelmente, de seus habitantes vivos.
"A compreensão
de como estas explosões gigantes criam e misturam materiais é importante, pois
é das supernovas que pegamos a maioria dos elementos que formam a Terra e até
nossos corpos, por exemplo, estas supernovas são uma grande fonte de
ferro", explicou Mark Sullivan, da Universidade de Oxford, que participou
da pesquisa.
"Então somos
todos feitos de pedaços de estrelas que explodiram", acrescentou.
20 minutos
A SN2011fe é uma
supernova do Tipo 1 e a observação da explosão deu aos cientistas informações
valiosas sobre como as explosões ocorrem nesta classe de estrelas.
As supernovas do Tipo
1 são importantes, pois sempre produzem a mesma quantidade de luz e isto
permite que os astrônomos as usem como "velas cósmicas" para
determinar o tamanho e a taxa de expansão do universo.
Mas a forma precisa
como estas explosões ocorriam era um mistério.
"O que causa
estas explosões dividia profundamente a comunidade astronômica. A SN2011fe é
como uma Pedra de Rosetta das supernovas do Tipo 1", disse o professor
Shri Kulkarni, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, um dos autores da
pesquisa sobre a explosão publicada na revista Nature.
Os cientistas conseguiram
calcular o momento da explosão com uma diferença de 20 minutos.
Peter Nugent, do
Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, localizou o sinal
da supernova pela primeira vez em agosto, enquanto analisava dados coletados
pelo telescópio no Monte Palomar, Califórnia.
"Nossas
primeiras observações confirmaram algumas suposições a respeito das supernovas
do Tipo 1 (...). Mas este olhar mais aproximado também nos fez descobrir coisas
que ninguém tinha sonhado antes", disse.
Fonte: BBC Brasil
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