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Energia escura e Universos paralelos

A Teoria de Cordas também prevê uma versão mais complicada para o multiverso inflacionário. Além das inúmeras bolhas de um banho de sabão cósmico, os cálculos mostram que seria possível a formação de outros universos dentro das bolhas, cada um ocupando uma dimensão diferente.
Imagem: Revista Veja - acervo digital.
Conforme já descrito em postagens anteriores mais especificamente na do dia 24 de janeiro de 2012 e baseado na Matemática creio que vivemos em uma secessão de Universos finitos infinitos, apesar do nosso universo observável parecer infinito segundo estudos atuais, não é o único. O motivo pelo qual penso assim é que sabemos há quase um século que as galáxias se afastam umas das outras. Ou seja, o Universo está em expansão e a velocidade de afastamento é proporcional à sua distância, a assim chamada de “lei de Hubble” em homenagem a Edwin Hubble, que a formulou em 1929.  Porém, foi observado há algum tempo que a velocidade orbital das estrelas e do meio interestelar dentro das galáxias é muito maior do que a esperada. A interpretação física deste resultado é que há muito mais matéria no interior das galáxias, mantendo as estrelas e gás em órbita, do que aquilo que podemos observar. Em outras palavras precisamos de mais matéria que não enxergamos para explicar a grande velocidade interna das galáxias esta matéria seria responsável pela chamada energia escura mais uma manifestação para ser computada as demais existentes. Detectada apenas pela constatação do seu efeito gravitacional sobre a matéria visível.
Baseado no exposto se poderia intuir que talvez a propalada “vitória” da matéria sobre a antimatéria ocorreu somente no nosso plano existencial, logo a antimatéria gerada na reação do big bang migrou para um universo (espelho) idêntico ou não ao nosso, porém lá ocorreu a “vitória” da antimatéria vale salientar que este Universo pode conviver no mesmo “espaço/tempo” do "nosso" podendo ser separado por uma providencial força repulsiva, quem sabe resultante da interação da gravidade com a  antigravidade mantendo distancia suficiente para existência dos dois Universos. Mas então porque não observamos esse Universo? Ok, vamos supor que o paradigma inflacionário seja verdadeiro (A teoria inflacionária resolve o problema da homogeneidade do universo. Antes da inflação o universo era extremamente pequeno, quase pontual, e a velocidade da luz não impõem nenhuma restrição para o intercâmbio de fótons numa região tão pequena) e que há separação entre os Universos combinando com a hipótese do surgimento da luz depois desta inflação, chega-se a conclusão que os dois Universos nunca poderiam se "olhar" pelo simples fato de não haver como capturar luz um do outro já que esta veio ocorrer depois da inflação. O que possibilita  a detecção do anti-universo é a interação geradora da energia escura, justamente a aceleração não prevista pelos cálculos anteriores. Talvez como os universos são muito grandes ocorre que, em determinados pontos estas interações causam grande perturbação gravitacional detectado pelos cientistas como buraco negro. Assim sendo energia escura na verdade é uma resultante da expansão inicial do Big Bang somada à força repulsiva entre os universos por isso a leitura de: 23% de massa escura, 73% da energia escura e 4% do que conhecemos e chamamos de matéria bariônica, feita de prótons e nêutrons. Na realidade o somatório das forças seria, por exemplo, 50% ou mais da velocidade de expansão do Universo sendo o restante resultado da interação da força repulsiva entre o Universo e o anti-universo. Convém observar que esta análise seria válida somente para o nosso Universo e o seu “anti Universo” é perfeitamente viável intuir que seria indiferente à existência de apenas estes dois Universos ou vários outros intermediários em outras dimensões onde teríamos Universos criados aos pares de matéria e antimatéria. Tornando perfeitamente viável a teoria proposta pelo blog. Talvez cada Universo e seu par seja gerado por erupções na singularidade, a qual, seria a base para a formação de todos os Universo sendo talvez infinita ou quem sabe inatingível pelo nosso entendimento humano.
Mas e se o Universo cresce conforme nossa mente expande? Sim pois conforme já levantado em outras postagem podemos estar dentro de um programa e a cada avanço da ciência em vez de descobrirmos o mistério final apena "passamos de fase", tal ideia seria válida para o caso de estarmos em um holograma mental criado pela própria expansão da nossa mente, sim afinal conforme já intuído aqui talvez sejamos a consciência do próprio Universo em busca de entender sua existência. Tal expansão seria o resultado do distanciamento desta projeção.

“Nunca na história da ciência estivemos tão conscientes da nossa ignorância” - Roberto Battiston 

Fontes:




Comentários

RM disse…
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